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Poesias-->Tombadilho de Julho -- 30/03/2000 - 10:21 (José Ernesto Kappel) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vim andando pela calçada

pela esquina,

com três saídas.



Vim andando e dizendo:

não posso andar nem pensar!



Louco, então, eu era!



E porque estou nesta esquina

de três

pontas e um andar de

dez pisos?



Tomei um elevador,

fumei um cigarro,

acariciei um sonho,

olhei vestidos de mulheres,

que, por instantes,

passavam,

com saias afora e dançantes.



E disse:



Que coisa tola,

não posso andar nem

pensar !



Se não posso andar,

nem pensar

não posso andar,nem pensar

e porque ando e penso?



Não tenho mais

deveres.

de casa,

nem mãe quente,

nem pai querido,

nem hora de trabalho,

nem aconchego dos avós!



E então, Budapeste?.

Nem com os tios, nem

com eles posso dormir?



Como vim parar aqui?

Pensando e andando?



Liguei o rádio e,

pouco a pouco,

adormeci,

ao som de uma valsa rubra.



Depois,acordei em outra

esquina, em Zurich,

onde milhares

olhavam um

buraco ser aberto.



É aqui...pensei

É aqui... que começa

a minha história

que de todos é olhar!



Sou o próprio

buraco!

Um mal espírito errante!



Mas que tolo !

Não posso pensar,

sou feito de arco-iris,

abóbora vermelha,

de um corrrimão,

de pedaços e pedaços,

de tantos anos

que, pobre! Jaz no buraco!



E se agora me lembro.

Sou tombadilho de julho,

mês dos aforas,

torquete de pedaços!



E me restou uma dança

dança que não pára e pensa

que sussura e chora - andarilha -

de espírito.



Ele

sobrevoa seus troncos

e faz de ti um imenso

buraco de manjares!



Foi em julho que me levaram!



E agora sei porque

todos se acovelam pra ver

espíritos que vagam pelo mundo:



O Tombadilho de Julho

jaz ali!

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